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Novo Estado de Emergência: Governo admite políticas mais restritivas para combater a Covid-19 e põe a hipótese de novo confinamento

Até ao dia 15 de Janeiro de 2021, Portugal vai continuar em estado de emergência. Após o agravamento da situação epidemiológica do país, com o boletim de ontem, 6 de Janeiro, a apresentar o número mais alto de sempre com 10.027 infetados e 91 mortos em 24h, o Governo deverá reunir e anunciar, em breve, as novas medidas de combate à Covid-19.

Com os efeitos do Natal e da Passagem de Ano a fazerem-se sentir, espera-se medidas mais restritivas e até mesmo um novo confinamento para travar o aumento de casos.

“Estamos a pagar o preço de ter aliviado um bocadinho as medidas de contenção quando foi o Natal e o Ano Novo. Foi um risco calculado e não se pode dizer que fosse surpresa para quem está por dentro destas coisas”, afirmou o infeciologista Jaime Nina, em declarações à Lusa.

“Estamos a viver o princípio do efeito dos contactos. Cada vez se torna mais difícil conter a disseminação do vírus, porque cada vez mais há novos focos de infeção”, reforçou o virologista Pedro Simas.

Poderá decidir-se na reunião desta quinta-feira, 7 de Janeiro, do Concelho de Ministros, as medidas a aplicar para as próximas semanas.

“Naturalmente que amanhã [quinta-feira] o Governo irá ponderar se é de manter a ideia originária de ser um estado de emergência intercalar ou se é preciso agravar o estado de emergência. Vamos ver. A ideia era esperar pelo dia 15” explicou Marcelo Rebelo de Sousa, durante o debate de ontem, 6 de Janeiro, com André Ventura.

Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, os números de novos casos de infeção e de mortes de doentes com covid-19 nos últimos dias impõem “uma cuidadosa contenção, ou seja, permanência por uma semana do regime em vigor, até que, entre o dia 12 e o dia 13, se possa decidir acerca de eventual nova renovação, sua duração e conteúdo”.