Opinião

A SEGURANÇA DA TROPA, OS CÓDIGOS, & SENHAS e ainda outras complicações

As senhas nos velhos tempos, era coisa da tropa – Quem vem lá? Alerta está! Era a senha para entrar…Coisas de guerra. Já o caso do roubo das armas é outra conversa…

Não estou sozinho, quando sinto que estou a ficar farto da automatização da maioria das grandes empresas, proibindo o acesso à fala entre as pessoas.

Umas por telefone – Carregue na tecla 1 para isto, e para aquilo carregue na tecla 2…Por exemplo CMM ( que apesar do pessoal se encontrar a trabalhar a central desliga e não se pode contactar ninguém – como excepção pode facilmente se localizar o presidente) e muitas outras empresas que parece terem medo de falar com as pessoas. Depois, nem todo o povão terá telefone com essas modernices com excepção dos telemóveis.

Ainda não perceberam que em Portugal -a falar é que sempre nos entendemos.

E desde as empresas de serviços que deveriam ter gente capaz e com formação para atender clientes com simpatia, até outras empresas públicas optam agora por não informar como contactar a empresa, a troco de exigir o preenchimento de formulários automáticos que reagem a qualquer excepção de preenchimento. E obrigam a recomeçar tudo novo. Só visto!

Modernices que deveriam ser proibidas.

Além de roubarem postos de trabalho – não facilitam, e garanto que só complicam.

Já têm a resposta ao que perguntam e não pode haver excepção. Caso o nosso problema for a tal excepção, estamos tramados.Nada nos ajudará.

Nem telefone, nem mail, nada! Por muito que se procure…Nada! E se não acreditam verifiquem. Há dias os telefones duma empresa multinacional de máquinas de fotocópias (como exemplo) só tem um numero central e estava avariado ou com vírus. Procurámos até à exaustão pelos mails da assistência técnica e é tarefa impossível, só aparecem Agentes nos contactos que nada adiantam.

OS FORMULÁRIOS DE CONTACTO

Esta nova moda é tanto mais negativa, quanto nos obrigue a iniciar de novo todo o processo, ou e até sem informar, aceitar o formulário mesmo que interrompido, só e apenas quando lhes convêm…apesar do interessado nada saber.

Vejamos um caso passado há dias – A NETFLIX obriga a um preenchimento que nalguns items o sistema não aceita. O que acontece? Volta-se a tentar de novo o sistema em algumas questões, onde se escreve, insiste em não aceitar. O que torna estes inquéritos irritantes é que cada vez que se inscreve a chamada “senha” que tem variados nomes, palavra chave, pin, login, código secreto, user, e em inglês técnico password…apesar de não aceitar, fica anulada essa “ senha” que em caso de nova tentativa, tem de ser outra nova e diferente “senha”. O que esgota a nossa paciência ao fim de tantas tentativas frustradas, em estar a insistir com uma máquina robot. Que além de ser fria, insensível, e avariada, só se limita a aceitar determinadas linhas de ordem mal estruturadas por técnicos burocratas complicados que adoram “complicar” tal burocrata funcionário público.

Assim na Netclix, com oferta de um mês grátis, mesmo que o formulário não tenha sido aceite, e não tenhamos ficado com a tal “senha” aprovada, o tal mês grátis é iniciado logo no imediato sem que tenhamos conhecimento de tal facto.

Resumindo: Não podemos utilizar o serviço porque não temos “senha” aceite ou aprovada, pois nunca conseguimos finalizar o inquérito de inscrição – mas como isso para a empresa não interessa nada …avisam que o mês grátis acabou e “sacam“ logo da conta indicada na tal “mal” preenchida ficha de inscrição.

Ora só temos conhecimento do “saque” quando se verifica a conta pois continuamos sem utilizar o “serviço” pois nunca guardámos a “senha” que tantas vezes se ”inventou” e como nunca foi aceite a inscrição, também nunca mais pensámos no assunto.

Mas está errado – o sistema, o saque, e para falarmos só em “chat” que conseguimos descobrir como contactar a empresa que faz questão de não falar com ninguém de outro modo.

Isto estará LEGAL? Leva a crer que não. Ou talvez sim.

Não podemos esquecer que quem criou estas burocracias que deveriam facilitar a nossa vida, foram técnicos que vivem num mundo imaginário e só deles, temperado com números, senhas e códigos que apenas garantem a segurança de quem o criou. Nada mais, e só complicam a vida de todos nós.

É impossível aceitarmos estas inovações que ninguém tem coragem de confessar…NÃO FUNCIONAM.

Pois sempre e desde miúdos, nos habituaram a falar, argumentar , trocar ideias, e a aceitar justificações e excepções que nos fazem sentir vivos.

Hoje com tantas “seguranças” , nos quartéis que sempre adoraram “senhas” e “contra-senhas” e inventam nomes de códigos para qualquer acção até mesmo uma ida à casa de banho poderá ser “wc aromático” com a contra senha “Agua de rosas” viram o paiol das armas assaltado com todas as seguranças e até hoje, com essas formalidades todas ainda não concluíram nada.

Como disse o Primeiro Ministro António Costa no domingo: “O crime verdadeiramente grave não foi o roubo das armas, o crime verdadeiramente grave foi recuperar as armas”…Na verdade nem culpados, nem nada…até apareceram armas a mais.

Afinal a coisa funciona.

Uma opinião de

Helder Martins