Música

CARRILHÕES DE MAFRA VOLTAM A TOCAR

Participe neste momento histórico! Assista, no dia 2 de fevereiro, a partir das 15 horas, ao concerto inaugural do restauro dos carrilhões do Real Edifício de Mafra, por reputados carrilhanistas nacionais e estrangeiros, que se realiza no Terreiro D. João V, aberto a toda a população. O programa das comemorações, intitulado “Festival Internacional de Carrilhão de Mafra 2020 – O Legado”, começa no dia 1, englobando recitais e palestras.

A cerimónia que assinala o restauro dos carrilhões do Real Edifício de Mafra, decorre no dia 2 de fevereiro, a partir das 15 horas, com a Bênção dos Sinos pelo Cardeal Patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, as intervenções das entidades oficiais e o concerto inaugural, que integrará a estreia da obra “Requiescat in pace Bizarro”, composta para o carrilhão da Torre Norte, interpretada pelo Grupo de Sineiros de Levache. Na Torre Sul, os protagonistas serão os carrilhanistas Abel Chaves, Francisco José Alves Gato e Liesbeth Janssens.

Para os recitais e para o concerto inaugural, comemorando o legado dos Carrilhões de Mafra, foram escolhidos reputados instrumentistas herdeiros desta importante tradição: Koen Van Assche e Liesbeth Janssens, carrilhanistas de Antuérpia – cidade da fundição de Willem Witlockx, autor do instrumento da Torre Sul; Marie-Madeleine Crickboom, carrilhanista em Liège – cidade da fundição de Nicolau Levache, autor do instrumento da Torre Norte; Luc Rombouts, titular do instrumento de Tienen – cidade belga onde se encontra o outro carrilhão Witlockx sobrevivente; Frank Deleu, carrilhanista consultor nesta empreitada; Francisco José Alves Gato, carrilhanista no Palácio Nacional de Mafra e herdeiro de uma tradição familiar de carrilhanistas locais; Abel Chaves, carrilhanista no Palácio Nacional de Mafra e consultor na obra de restauro; Ana Elias, instrumentista portuguesa que iniciou os seus estudos neste carrilhão.

O restauro do maior conjunto sineiro do mundo – cada uma das torres contém um carrilhão (e respetivos sinos musicais), um relógio (sinos de horas) e parte de um conjunto sineiro de serviço litúrgico (sinos de bamboar), distribuído por ambas as torres, perfazendo um total de 119 sinos – reveste-se de singular importância, não só para a comunidade local, como também para o país e para o mundo, assegurando a sua transmissão às gerações vindouras. Inaugura-se, assim, uma nova dinâmica musical associada ao Real Edifício de Mafra, recentemente classificado como Património Mundial pela UNESCO.